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Estudo sobre a cultura africana

Turmas do 5.º ano aprendem sobre a diversidade e as riquezas da África

No 5.º ano do Ensino Fundamental I, o trabalho em História e Geografia tem como principal objetivo promover discussões e reflexões sobre os diversos grupos culturais que formaram a população brasileira, como indígenas e africanos.

A partir do contexto da cidade de São Paulo, os estudantes passam a conhecer a vida dessas populações, analisam aspectos do passado e do presente, refletindo sobre as dificuldades encontradas em cada momento histórico e as principais lutas (buscando a empatia e o olhar mais apurado em relação aos direitos humanos), além das contribuições culturais e dos aspectos da miscigenação na região.

“Trabalhamos as questões dos direitos e das dificuldades dos afrodescendentes em nosso País, a desvalorização de sua cultura e o apagamento de sua história em nossa cidade, além do racismo”

Professora Maria Cristhiane Ribeiro

No 2.º trimestre, como continuação do trabalho sobre a formação do povo brasileiro, os alunos estudaram as culturas de matriz africana. “Trabalhamos as questões dos direitos e das dificuldades dos afrodescendentes em nosso País, a desvalorização de sua cultura e o apagamento de sua história em nossa cidade, além do racismo”, explica a professora Maria Cristhiane Ribeiro.

Os alunos assistiram aos vídeos, leram textos, discutiram o tema em aula e produziram textos e campanhas contra o racismo. Além disso, participaram de dois encontros virtuais: um sobre racismo com a professora de Língua Portuguesa do Ensino Médio do CSL, Dayse Mara Ramos da Silva e outro com a escritora Mércia Leitão, uma das autoras do livro Formas e Cores da África, lido nas aulas.

“Os alunos leram a obra e tiveram que desvendar desafios atrelados à história de um avô (um dos personagens do livro). A atividade teve como intuito promover o conhecimento das manifestações culturais, o reconhecimento da pluralidade da cultura africana (não existe uma cultura africana, mas sim várias) e a valorização dessa cultura”, afirma a professora.

As turmas aprenderam muito com a história e a estudante Lara Junqueira compartilhou conosco o que mais gostou no livro em um vídeo para a série Culturando no CSL. Confira:

Com esses estudos, os alunos perceberam que uma das formas de se valorizar algo é conhecê-lo. “Os alunos puderam questionar certos estereótipos e entender que a cultura africana é diversa, com muitos elementos diferentes e que a cultura brasileira foi diretamente influenciada por essas culturas”, ressalta a professora.

Como parte dos trabalhos de leitura e pesquisa, os estudantes ainda buscaram inspiração para criar/representar um elemento baseado na cultura africana. As produções desafiaram a criatividade dos alunos, que fizeram belos trabalhos [imagem de destaque].

Conhecer a história dos afrodescendentes no Brasil de maneira ampla, não apenas a situação da escravidão, ajuda na valorização e no respeito às culturas africanas. “Num mundo no qual a intolerância está tão presente, formar cidadãos que compreendam, valorizem e aceitem as diferenças é fundamental. Nosso País, infelizmente, ainda é extremamente racista e acabar com isso passa pelo conhecimento das diferentes culturas presentes aqui, aprendendo a valorizá-las e respeitá-las”, finaliza a professora Maria Cristhiane.