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Exposição “Entre Entes e Sementes” espalha frutos pelo CSL


A educação cultural e artística desempenha um papel fundamental na formação e no desenvolvimento integral dos estudantes.  

Disponível no espaço de exposições do Colégio São Luís de 18 de abril a 25 de junho, a mostra ‘Entre Entes e Sementes’ da artista plástica Carla Fatio proporcionou aos alunos uma imersão única nas obras que mesclam natureza e imaginação, oferecendo uma experiência enriquecedora de arte. 

A mostra captura a simbiose das sementes com os quatro elementos: água, fogo, terra e ar. Por meio de obras que evocam imagens do inconsciente, Carla busca sensibilizar o público por meio da ativação do olhar para aquilo que não é visível em um primeiro momento. Para isso, constrói suas obras utilizando uma técnica mista sobre lona. Essa técnica é marcada por sobreposições de camadas de tinta que se mesclam e se fundem, criando diferentes planos visuais.

O trabalho é resultado de uma profunda pesquisa sobre flora e fauna e explora a gestualidade do desenho, a fluidez do imprevisto e a alquimia das cores e texturas. Carla descreve sua obra como “um tributo ao Planeta Gaia”. 

 Visitas e atividades realizadas a partir da exposição 

A produção artística de Fatio serviu de base para o trabalho com alunos de todas as séries, que visitaram o espaço de exposição de arte criado pelo Colégio São Luís especialmente para promover encontros para leitura, discussão e fruição.  

Esse espaço aproxima toda a comunidade educativa. Colaboradores e estudantes vivenciam a arte e podem, juntos, discutir observações, leituras e sentimentos. Para além dessa experiência diária, aulas dos três segmentos foram planejadas com intencionalidade para desenvolver habilidades de leitura, ampliando suas possibilidades de participação na vida social. 

Integrando arte e sustentabilidade, os alunos representantes das 1ª séries do EMI participaram, em abril, de uma atividade especial com a artista Carla Fatio, como parte do Projeto de Série “Cidades do Futuro”. 

Carla compartilhou com eles a ideia de, para além das ciências, a arte ser também responsável por conscientizar a sociedade e problematizar a questão ambiental. Explorando as obras da exposição, os estudantes viram de perto como a artista usa materiais reciclados e elementos naturais em suas técnicas mistas sobre lona, incentivando um olhar crítico sobre o uso sustentável de recursos. 

Essa experiência enriqueceu o aprendizado dos estudantes sobre as possíveis futuras cidades sustentáveis e ampliou a compreensão sobre como a arte pode ser uma força transformadora.  

Outra série que se inspirou na obra de Carla Fatio foi o 4º ano que desenvolveu o trabalho Carimbo de Folhas. Após a visita à exposição, os/as estudantes, sensibilizados/as pela temática das telas, recolheram folhas pelos campus do CSL e criaram imagens por meio das folhas usadas como carimbos. Esses trabalhos discutem a ideia do contato do aluno com o conhecimento uma vez que, com as folhas transformadas em instrumento, recriam o mundo.  

Já o 3º ano, nas aulas de Música, dedicou-se à apreciação e à criação de texturas sonoras inspiradas pelas obras. Os alunos exploraram questões como: ‘O que é apreciação musical?’, ‘Como apreciamos uma obra de arte?’, ‘É possível transformar uma obra de arte em música?’ e ‘É possível criar uma sonorização para uma obra de arte?’. Com a autorização da artista, tocaram nas obras para sentir a pulsação das cores e reproduzir os sons, enriquecendo o processo de apreciação das peças.  

“(…) ao incorporar a cultura e a arte no dia a dia escolar, propicia-se estímulos que vão além e intermeiam nossos cinco sentidos.”

Carla Fatio, artista plástica.

Segundo a artista Carla Fatio, “ao incorporar a cultura e a arte no dia a dia escolar, propicia-se estímulos que vão além e intermeiam nossos cinco sentidos”. Ela explica que se oportuniza devaneios não só sensoriais e sim, a compreensão que a arte está presente em tudo o que nos rodeia, tocamos e sentimos.

A artista enfatiza que “é uma linguagem que transcende o intelecto porque nos brinda com o processo de uma nova experiência, a construção de um olhar diferenciado para esses elementos. Quem finaliza a obra de um artista é o público e sua interação com a mensagem pictórica e simbólica que traz em sua devolutiva de apreciação”. Exprime sua gratidão ao Colégio São Luís por conceder esse momento peculiar, e ela valoriza que a palheta de cores pode ser a palheta para a vida desses “pequenos e grandes cidadãos em formação”, para a singeleza do belo em seu caminhar, visando que se plantem muitas sementinhas. 

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