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Colégio São Luís nas Olimpíadas de Matemática de 2023


Oportunidades de aprendizagem e de desenvolvimento de habilidades e competências.

Por Joana Cristina Oliveira Abbiatti
Coordenadora da área de Matemática no Colégio São Luís.

No contexto escolar, quando se fala de olimpíadas do conhecimento, é comum que todos/as os/as educadores/as incentivem a participação dos/as estudantes, mas pouco se fala sobre a real importância e os impactos positivos dessas atividades na aprendizagem. Os/as alunos/as, ao participarem de uma olimpíada, desenvolvem conhecimentos que extrapolam o currículo da sala de aula, já que os problemas reais e desafiadores trazidos pelas provas normalmente exigem que os/as participantes ampliem seus horizontes e utilizem outros recursos além daqueles aos quais eles/as já foram apresentados/as na escola.

Nas Olimpíadas de Matemática, por exemplo, o/a estudante lida com questões de álgebra, geometria, raciocínio lógico etc., as quais são construídas a partir de situações-problema reais em que a aplicação da matemática se faz necessária, de modo que, ao longo da prova, o/a aluno/a parte do procedimental, passa pela aplicação e chega na generalização de conceitos matemáticos. Nesse processo, são acionadas e desenvolvidas habilidades e conhecimentos que ajudam os/as estudantes a ter melhores resultados acadêmicos e pessoais, uma vez que eles/as são convidados/as a pensar de maneira crítica e inovadora.

No caso da Matemática, essa “inovação” pode ser entendida se compararmos o componente curricular a uma “caixa de ferramentas”. Nela, temos ferramentas mais usuais – martelo, chave de fenda e alicate – e ferramentas mais sofisticadas – grifos, chaves Allen etc. Além de possuir as ferramentas e conhecer seu funcionamento, o/a operador/a da caixa precisa, diante do trabalho proposto, saber qual ferramenta utilizar ou quais ferramentas podem ser combinadas para executar a tarefa. Transferindo essa ideia para uma Olimpíada de Matemática, compreendemos que, mesmo sem possuir todas as ferramentas ou aquela mais adequada para a resolução de uma questão, o/a estudante pode usar a estratégia, a criatividade e o raciocínio lógico para encontrar outros recursos da caixa que o/a levarão a atingir o mesmo resultado.

Diante da riqueza de experiências oferecidas pelas competições, a coordenação de Matemática, juntamente com o corpo docente da área, promove a participação do CSL na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) – a maior olimpíada nacional de Matemática – e no Concurso Canguru de Matemática – a maior competição de Matemática do mundo. A OBMEP foi realizada por estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio (Integral e Noturno) que manifestaram interesse, totalizando um grupo de aproximadamente 220 participantes. O Canguru, por sua vez, contou com a participação de todos/as os/as alunos/as do 3º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio (Integral e Noturno), abrangendo um total aproximado de 1.800 estudantes. Nesta semana, realizamos três cerimônias para a entrega de medalhas e Menção Honrosa desse concurso, que teve como resultado 301 medalhistas (confira abaixo fotos das cerímônias).

Essas duas competições apresentam algo em comum: retomando a analogia utilizada anteriormente, podemos dizer que ambas concebem a Matemática como uma “caixa de ferramentas”, pois provas iguais são aplicadas para alunos/as de anos/séries diferentes, ou seja, os concursos entendem que, mesmo não tendo repertórios iguais de recursos matemáticos, os/as competidores/as podem chegar ao mesmo resultado usando ferramentas distintas. Na OBMEP, por exemplo, estudantes do 6° e do 7° ano do EF II fazem a prova nível 1, o 8° e o 9° ano fazem a prova de nível 2 e todo o Ensino Médio faz a prova de nível 3.

“Quando incentivamos os/as estudantes a participar de diferentes competições matemáticas, nós os/as convidamos a sair de suas zonas de conforto e a se deparar com novos desafios (…)”

Joana Cristina Oliveira Abbiatti,
coordenadora da área de Matemática no CSL.

Além das olimpíadas nas quais o CSL participou de forma coletiva, houve outras competições em que os/as alunos/as se inscreveram e participaram de forma autônoma. Foi o caso da Olimpíada de Matemática da Unicamp (OMU), que contou com duas equipes de estudantes do Colégio São Luís. Nesses casos, a escola também oferece suporte acadêmico aos/às alunos/as, pois tem clareza de quão importante é a realização de olimpíadas, independentemente da inscrição institucional.

Quando incentivamos os/as estudantes a participar de diferentes competições matemáticas, nós os/as convidamos a sair de suas zonas de conforto e a se deparar com novos desafios: lidar com a gestão do tempo na resolução das questões; buscar estratégias diversas e, muitas vezes, não convencionais para interpretar e resolver problemas; lidar com abordagens distintas da Matemática e da vida cotidiana; trabalhar a confiança nas próprias habilidades; e desenvolver a resiliência. Além disso, desenvolvem uma competitividade saudável na relação com outros/as participantes e consigo, pois precisam estabelecer metas coletivas e individuais de aprofundamento dos conceitos matemáticos necessários à resolução dos desafios.

O desenvolvimento de tais habilidades e competências já é uma recompensa por si só. É claro que, em uma competição, os/as participantes almejam o reconhecimento de suas qualidades e do seu esforço através das premiações, mas, no caso das olimpíadas do conhecimento, elas são apenas a “cereja do bolo”, já que a oportunidade de aprendizagem está mais no processo de realizar as provas com dedicação do que na conquista de medalhas ou premiações.

CONFIRA A SEGUIR FOTOS DA PREMIAÇÃO DO CONCURSO CANGURU DE MATEMÁTICA:

PREMIAÇÃO DA OBMEP: