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Exposição promove reflexão sobre desigualdades sociais

A série Invisíveis, de Fausto Keith, retrata a vida de pessoas em situação de rua

O desenvolvimento do repertório cultural é uma das competências presentes no currículo do Colégio São Luís. Com isso, a ampliação do contato dos estudantes com diferentes expressões artísticas auxilia no reconhecimento e na valorização das diferentes manifestações culturais, acolhendo as visões de mundo presentes nas obras.

Com o intuito de proporcionar novos espaços de contato entre os alunos e as obras de arte, o Colégio São Luís conta, agora, com um espaço que trará periodicamente exposições de artistas e da própria comunidade educativa (alunos e colaboradores).

O trabalho que inaugurou o espaço foi a série Invisíveis, de Fausto Keith. A exposição, realizada entre os dias 6 e 14 de maio, retratou o olhar atento e cuidadoso do artista paulista sobre a vida das pessoas em situação de rua. O trabalho foi inspirado em uma cena que sempre chamou a atenção de Fausto: os pertences de pessoas em situação de rua cabiam em caixas de papelão. A partir da observação dessa realidade, o artista escolheu o objeto no qual expressaria esse contexto: as próprias caixas de papelão.

Ao longo dos dias, colaboradores do CSL e estudantes de diferentes séries apreciaram a exposição que serviu de tema para trabalhos desenvolvidos em sala de aula e debates, como o que foi realizado pela 2ª série do Ensino Médio Integral. “Nas aulas de Língua Portuguesa, os alunos exercitaram o olhar crítico e reflexivo, por meio da leitura da linguagem visual presente na série Invisíveis”, explica a professora Cláudia Terra.

Após visitarem a exposição, as turmas registraram, em fotos e vídeos, duas ou mais obras que os impactaram. Além disso, participaram de um painel de discussão e, nas aulas de Redação, produziram um texto dissertativo-argumentativo sobre a postura da sociedade em relação às pessoas que vivem em situação de rua. Confira um vídeo:

A estudante Camille Domenech Bugno ressalta que achou a exposição interessante. “A exposição de Fausto mostrou um pouco da realidade das pessoas que vivem em situação de rua de uma forma diferente, o que me emocionou bastante”, conta.

“Essa foi uma exposição que me ajudou a refletir, a pensar, principalmente, por que as pessoas em situação de rua estão sendo representadas por papelões e não só como uma obra convencional, como em uma tela, e isso ajudou a nos aproximar dessa realidade. Uma exposição como essa, em um momento como agora, nos faz pensar que temos muitas coisas e que tem muita gente que não tem nada, não tem uma casa para dormir, não tem um cobertor. Então, a exposição me ajudou a refletir bastante”, afirma a aluna Beatriz Palavéri Machado.