Alunos do Fundamental II aprendem e se divertem com as experiências do programa Laboratórios Abertos
Pelo menos uma vez por semana, um grupo de alunos do Fundamental II deixa de lado a bola, os celulares e as habituais rodas de conversa no recreio e, no lugar de descer ao Pilotis, dirige-se aos laboratórios de ciências no 6º andar. Eles participam do programa Laboratórios Abertos, que teve início neste mês de setembro e revelou-se um sucesso desde o início, com inscrições preenchidas via Moodle logo no primeiro dia – foram oferecidos três módulos mensais, com ênfase em Química, Física e Biologia, e 12 vagas cada.
“Decidi me inscrever porque Ciências é minha matéria preferida e eu adoro mexer e misturar coisas para ver no que vai dar”, comenta a aluna Isabela Melin, do 6º ano, empolgada com o experimento em que adicionou uma pastilha efervescente num béquer contendo óleo e água com corante. Pela observação dessa experiência, comparada a outras quatro, os alunos puderam observar quando há uma mudança física – como derreter, evaporar ou congelar – ou quando a transformação altera a composição do material, alterando, por exemplo, sua cor ou liberando bolhas.
Seu colega de série Miguel Araújo tem participado dos três módulos do programa e se diz realizado com as descobertas que fez. “Não gosto muito de futebol e sou curioso, então acho legal aproveitar o recreio para aprender mais”, afirma. Fã de documentários e vídeos que explicam tudo sobre o mundo – “Assisto vários sobre animais, história e até sobre alienígenas! ”, diz – Miguel gostou especialmente da proposta de Física.
A partir da observação do espaço pelo programa Stellarium – um planetário realista em 3-D, disponível para acesso pelo computador –, os estudantes começaram a pensar: Por que o céu é azul? Existe muita diferença de tamanho entre o sol e um planeta? Qual estrela é maior: o Sol ou a Sirius? O desenvolvimento das hipóteses culminou com a representação do Sistema Solar em escala reduzida, mas representando proporções reais.
No módulo de Biologia, a proposta é que os alunos investiguem o mundo microscópico, por meio de amostras de bactérias e fungos que eles próprios vão cultivar. “Uma grande diferença dos Laboratórios Abertos para as aulas de laboratório curriculares é que os alunos preparam a bancada, selecionam os instrumentos e até coletam os materiais para análise”, comenta a técnica de laboratório Lucélia Santos. “Também tivemos a preocupação de criar propostas que não tivessem como pré-requisito conteúdos trabalhados em sala de aula, uma vez que alunos do 6º ao 9º ano podem participar”.