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Colaboradores concluem curso da Boston College

Formação teve como tema a Cidadania Global e a Educação Bilíngue

A educação para a cidadania global é uma das características das instituições educativas da Companhia de Jesus. Ser uma escola que educa seus estudantes para se tornarem cidadãos globais é uma tarefa desafiadora. No Colégio São Luís o desenvolvimento desse trabalho conta com a participação essencial de todos os colaboradores.

Com o intuito de aprofundar a formação dos profissionais docentes e não docentes das unidades educativas, a Rede Jesuíta de Educação Básica (RJE) firmou uma parceria com a Boston College, universidade jesuíta dos Estados Unidos.

“O objetivo é proporcionar uma formação para a Cidadania Global, que não só exige uma proficiência linguística, mas o reconhecimento e a valorização da cultural local, a compreensão e respeito às diversas culturas mundiais e uma perspectiva global sobre as injustiças sociais”
Pedro Risaffi

No 1º semestre, as instituições ofereceram o curso The Intercultural Teacher, que foi ministrado por professores da Boston College, focando a temática da Cidadania Global e Educação Bilíngue. A formação de curta duração aconteceu em maio e contou com a participação de nove colaboradores do Colégio São Luís.

Organizado em quatro módulos, o curso abordou os tópicos de cidadania global, bilinguismo, identidade racial e alfabetização. Pedro Risaffi, secretário-executivo da RJE, explica que a iniciativa é um dos projetos da Rede Jesuíta de Educação do Brasil. “O objetivo é proporcionar uma formação para a Cidadania Global, que não só exige uma proficiência linguística, mas o reconhecimento e a valorização da cultural local, a compreensão e respeito às diversas culturas mundiais e uma perspectiva global sobre as injustiças sociais”, explica.

Segundo Pedro, a formação permanente dos colaboradores é importante para o aprofundamento do carisma educativo inaciano, sempre atento aos desafios atuais. “As formações oferecidas favorecem o desenvolvimento da capacidade de ler a realidade de maneira crítica, além de buscar por atualização e aprimoramento das competências práticas e teóricas exigidas para o exercício da sua função na comunidade educativa”, ressalta.

Aprendizados da formação

Segundo o documento Colégios Jesuítas: Uma Tradição Viva no século XXI (2019), a educação para a cidadania global não deve ser apenas um complemento, mas estar integrada ao currículo central das unidades educativas. Nesse contexto, a formação contínua dos colaboradores é fundamental para qualificar o trabalho desenvolvido nas instituições jesuítas.

A professora de Inglês Bruna Benemann destaca que o curso foi uma oportunidade única que a ajudará na sua prática docente. “Como professora de inglês, pude pensar sobre valores que acredito fazer a diferença, e ainda tive o privilégio de pensar tudo isso na língua que escolhi como meio de comunicar esses valores com meus alunos. Eu sinto que essa oportunidade me capacitou ainda mais no propósito de ser uma educadora que possibilita um espaço seguro de troca e reflexão com os estudantes”, afirma.

“Para mim, foi uma experiência muito rica e desafiadora […]. Um dos objetivos que eu me propus e que estão ligados ao curso é o de multiplicar e o de compartilhar com os professores o que eu aprendi”
Paulo Bacelar

Wilson Martins Junior, gerente de Tecnologia da Informação do Colégio São Luís, ressalta que a formação o ajudou a refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem dos estudantes. “Acredito que devemos estar sempre atentos e conectados aos novos modelos de aprendizagem e eu gostei muito do curso, pois me fez refletir sobre a importância da relação entre escola e família para potencializar o aprendizado de novas línguas pelos estudantes”, conta.

O professor de Língua Portuguesa e assessor técnico-pedagógico do Ensino Médio Noturno, Paulo Bacelar, conta que o curso foi enriquecedor: “Para mim, foi uma experiência muito rica e desafiadora em diferentes dimensões, uma delas é no aprofundamento do estudo da língua inglesa”. Além disso, o educador ressalta que os temas abordados o ajudarão a instigar os professores a partir de dimensões e de perspectivas ainda não exploradas. “Eu vou conseguir introduzir, a partir disso, nas reuniões com professores, autores ainda não trabalhados e que têm análises diferentes”, afirma.

Como mediadores dos processos de ensino-aprendizagem, os colaboradores são também disseminadores dos conhecimentos adquiridos na formação. “Eu guardei todo o material do curso, pois vou revisitá-lo sempre que houver necessidade. Eu tenho o desejo de poder traduzir e esquematizar alguns desses materiais para apresentar aos professores. Um dos objetivos que eu me propus e que estão ligados ao curso é o de multiplicar e o de compartilhar com os professores o que eu aprendi”, finaliza Paulo.

O curso The Intercultural Teacher é uma das iniciativas do programa de formação continuada da RJE, que já ofertou e seguirá ofertando uma série de oportunidades aos colaboradores, de Mestrado e Doutorado a cursos de curta duração. “Na linha da Cidadania Global já realizamos, entre 2019 e 2020, a extensão Cidadãos para o Mundo, em parceria com a Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), de Belo Horizonte (MG), que trouxe uma abordagem filosófica e antropológica sobre o tema. Em breve, será aberta uma segunda turma deste curso”, conclui Pedro Risaffi, secretário-executivo da RJE.